sábado, 25 de agosto de 2012

Para estudar instrumentos de orquestra é preciso ter vocação? O que é a vocação artística? A vocação artística é algo associado ao gosto, ao prazer, ou é uma tendência de nascença que não depende das opiniões, gostos e contexto histórico e social em que vive um indivíduo?


*Texto usado como referência para a elaboração dessas questões: A questão da vocação na representação social dos músicos de Pauline Adenot - Revista Proa, n° 02, vol. 01, 2010.


8 comentários:

  1. Acho que tem uma questão anterior: porque estudar um instrumento de orquestra? Lembrando que instrumento de orquestra existe fora da orquestra. E mais, em que orquestra tocar? Profissional? A da Igreja? A da escola? E o aposentado que quer tocar? Não entendo muito de vocação, mas definitivamente desejo e oportunidade levam as pessoas onde o contexto as permitir.

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  2. Eu dou aula na escola de musica e cidadania da ONG agencia do bem, de violino e viola. Caso queira conhecer o projeto acesse o site: www.agenciadobem.org.br

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  3. Eu vou ao contrário de todo o cerne destas perguntas. Acredito que não escolhemos o instrumento. Mas sim, que ele nos escolhe. Todos os instrumentos são bons e bonitos, mas cada um vai ficar fascinado por algum(ns) em especial, e a real proficiência só vai sair do estudo deste fascínio. Não creio que seja uma escolha racional em nenhum grau.

    Rodrigo Furman.

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  4. Acho que para estudar instrumento de Orquestra não precisar ter uma vocação,mais sim uma oportunidade de conheçer o instrumento,a música,ninguem tem paixão ou gosto por aquilo que não se conheçe,hoje em dia com o crescimento das ong's nas comunidades menos favorecidas as pessoas tem essa oportunidade ter contato com instrumento musical de descobrir oque gosta de tocar e se descobrir talves um músico profissional ou amador.

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    1. Entendi, mas o curioso é que muitas ONGs, em seus meios de divulgação, dizem ter como objetivo "descobrir talentos", ou "mobilizar talentos". E qual seria a grande vantagem de conhecer um instrumento de orquestra? Se é assim, o certo seria todo mundo conhecer todos os instrumentos do mundo? Acho que isso não é possível... por que ensinar instrumento de orquestra?

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  5. Bom Julia... há questões complexas aí, principalmente no que diz respeito à definições de conceitos. A vocação, na definição que temos, seria a inclinação que se sente para alguma coisa. PROPENSÃO, TENDÊNCIA. Então está diretaente ligada à
    vontade. Dentro dos estudos da neurologia, a vontade na produção de qualquer atividade é o principal fator determinante para o êxito daquela situação. Então não só dentro da música, como em qualquer área, no que se queira realizar algo, essa vocação já vem do desejo de realização, somado ao esforço, oportunidades, e fatores desse tipo. Então a vocação é necessária. Acho que há a possibilidade de estar completamente associada ao gosto sim, prazer, desenvolvidos por uma afinidade do indivíduo com aquela finalidade. Acredito também na possibilidade de que essa tendência venha de berço, pois vemos em vários ramos aquelas minorias que nunca tiveram a oportunidade e nem vivencia para uma atividade X, e que na "descoberta" não exitaram em adiquirir sucesso. Porém apenas afirmar que vem do berço vai englobar outras questões, pois à luz do materialismo, o cérebro é um papel em branco, em que vamos imprimindo nossas aptidões. Já na psicologia, fatores externos, inerentes ao ser, contribuem para essa personalidade. Na psicologia transpessoal e doutrinas espiritistas, as aptidões são impressas no cérebro desde sua formação, conduzidas, armazenadas por experiencias anteriores. Em todo o caso, eu acredito que seja muito difícil generalizarmos, colocarmos um padrão, pois acredito que todas essas possibilidades são válidas, e que cada caso é um caso. Os contextos sociais e históricos devem ser levados em consideração, e influenciam sim nessas questões, porém não creio que sejam os únicos elementos determinantes para tal, e pode-se até em alguns casos, os contextos dessa natureza não terem qualquer peso no resultado final. É o que eu acho. Parabéns pelas abordagens.

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    1. Como o Giuseppe falou, os problemas relativos a análise do ser não precisam ser colocado aqui, só é necessário ficar claro que você divinizar e biologizar uma habilidade é simplificar. E é a grande tendência, e perigosa, porque serve de subsídio para uma pessoa se oprimir em relação às artes, "não sou capaz", "não nasci para isso", "não entendo nada de música" etc etc etc.

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